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Após sugestão de Lula, premiê do Japão vai jantar em churrascaria em SP

Evento não estava previsto na agenda de Fumio Kishida, que esteve no Brasil e havia se reunido com presidente na véspera

7.mai.2024 às 6h00​

Joana Cunha

SÃO PAULO

A visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao Brasil não serviu para o país asiático anunciar a abertura de seu mercado à carne brasileira, como queria Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o líder japonês parece ter ouvido a dica do presidente e pelo menos foi jantar em uma churrascaria em São Paulo, antes de embarcar de volta para casa.

Foi, porém, sem fazer alarde. O jantar na churrascaria não foi nem sequer divulgado entre os compromissos oficiais de Kishida, que teve uma extensa agenda na capital paulista no sábado (4), com passagens por locais como o bairro da Liberdade, o parque Ibirapuera, o centro cultural Japan House e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida visita um memorial relembrando a imigração japonesa ao Brasil em São Paulo - Nelson Almeida - 4.mai.2024/AFP

Na sexta-feira (3), depois de se reunir com o premiê japonês em Brasília, Lula disse a jornalistas, em tom de brincadeira, que pediu ao vice-presidente Geraldo Alckmin para levar Kishida para comer carne.

"Se estiver em São Paulo, Alckmin, por favor, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo, para que na semana seguinte comece a importar nossa carne, para poder gerar desenvolvimento", disse Lula na ocasião.

Kishida, por sua vez, não mencionou o assunto em seus discursos. E a lista de compromissos oficiais na capital paulista divulgou apenas um almoço, na Liberdade, em que foi servido um prato de vieiras da província de Hokkaido.

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Para os negócios de Coser, que também foi dono da rede Fogo de Chão, a visita do premiê japonês foi produtiva sob o ponto de vista do marketing. "Ele escutou o presidente e veio experimentar o melhor de São Paulo. Estou torcendo [pela abertura do mercado]. O Brasil tem que estar em todos os cantos do mundo. Nós somos grandes produtores e exportadores", disse. Segundo Coser, a reserva foi feita no mesmo dia.

Procurada pela Folha, a assessoria do consulado japonês disse que a visita à churrascaria já estava planejada e confirmou que o primeiro-ministro gostou da carne.

Lula recebe primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto

Fumio Kishida e o presidente brasileiro farão reunião fechada, seguida de assinatura de atos e declaração à imprensa. Comércio de carne bovina e cooperação ambiental estarão na pauta.

Por Guilherme MazuiPedro Henrique Gomes, g1 — Brasília

03/05/2024 09h38 

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Lula se reúne com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto — Foto: Guilherme Mazui/g1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta sexta-feira (3) o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, no Palácio do Planalto.

Kishida chegou ao prédio por volta das 9h35 e foi recebido por Lula na rampa do palácio. A banda militar Dragões da Independência, do Exército, executou os hinos nacionais do Japão e do Brasil.

Em seguida, Lula e Kishida seguiram para uma reunião bilateral fechada – que deve tratar de temas como comércio, meio ambiente e transição energética.

Após o encontro, os chefes de governo devem assinar atos e dar uma declaração à imprensa. A agenda prevê ainda um almoço oferecido pelo governo brasileiro no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

Em seguida, Fumio Kishida segue viagem para o Paraguai – para, depois, retornar ao Brasil neste sábado (4) (veja abaixo).

 

Os temas da visita

 

De acordo com o Palácio do Planalto, como o Brasil atualmente preside o G20, iniciativas de combate à fome e à pobreza também estarão na pauta dos dois chefes de governo.

Lula e Kishida conversarão ainda sobre a cooperação em organizações internacionais em prol da paz, da democracia, da reforma da governança internacional, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), além de tópicos relacionados à segurança e ao desarmamento.

 

"Na visita serão apresentadas as oportunidades para a ampliação da presença japonesa nos investimentos, particularmente nos projetos ligados à neoindustrialização e ao novo PAC", explicou o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE), durante briefing à imprensa na quinta-feira (2).

 

 

Agenda em São Paulo

 

No retorno ao Brasil, no sábado (4), o primeiro-ministro japonês realizará atividades junto à comunidade nipo-brasileira em São Paulo.

Kishida visitará o Pavilhão Japonês na capital paulista. O local foi construído em 1954 em homenagem aos japoneses em conjunto com o governo do Japão. O prédio foi transportado desmontado até o Brasil e montado usando uma tradicional técnica japonesa que não usa pregos, com madeiras encaixadas diretamente umas às outras.

Com inspiração no Palácio Katsura, localizado em Kyoto, o Pavilhão Japonês é composto por uma edificação principal, um salão nobre, uma sala de chá, algumas salas de exposição e um lago de carpas.

Após a visita ao Pavilhão, o primeiro-ministro terá almoço com representantes da comunidade nipo-brasileira e participará, ao lado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Geraldo Alckmin, do Fórum Empresarial Brasil-Japão.

O evento reúne lideranças da iniciativa privada de ambos os países e é organizado por entidades setoriais com apoio da ApexBrasil e da Organização de Comércio Exterior do Japão (JETRO).

Akira Toriyama, criador de 'Dragon Ball', morre aos 68 anos

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Akira Toriyama, criador da franquia "Dragon Ball", morreu aos 68 anos no dia 1º de março. A informação foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (8) por estúdios ligados ao artista.Um comunicado publicado no site de Dragon Ball afirmou que a morte de Toriyama foi provocada por um hematoma subdural, que é quando acontece um acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio.O funeral de Toriyama foi reservado apenas para a família.

Ele deixou muitos títulos de mangá e obras de arte para este mundo. Graças ao apoio de tantas pessoas ao redor do mundo, ele pôde continuar suas atividades criativas por mais de 45 anos. Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo."

Além de Dragon Ball, Toriyama foi criador de vários outros mangás. Na lista está Dr. Slump (1980), Cowa! (1998), Kajika (1999), Sand Land (2000) e Neko Majin (2000).

Fonte: G1

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A história do Cine Niterói

Fechado em 1988, foi a primeira sala de São Paulo especializada em cinema japonês

Quem caminha pela rua Galvão Bueno, na Liberdade, região central de São Paulo, especificamente no trecho conhecido como viaduto Cidade de Osaka, onde especialmente aos finais de semana a agitação é frenética, com pessoas indo às compras ou passeando pelo bairro ou mesmo artistas de rua tentando descolar uns trocados vestido de Pokemon ou Ultraman, possivelmente sequer desconfia que até sessenta anos atrás o local era completamente diferente e abrigava de residências a até um cinema, o Niterói.

rua de São Paulo
Fila para entrar no Cine Niterói em 1953, ano de sua inauguração. Atualmente neste local está o viaduto Cidade de Osaka. - Divulgação
O cinema surgiu do desejo de Yoshikazu Tanaka em ser exibidor de filmes japoneses. Ele e sua família chegaram ao Brasil vindo do Japão em 1923 para trabalharem na roça. A família Tanaka rapidamente prosperou como cafeicultores e posteriormente como comerciantes de café e feijão.

Junto de seu irmão mais novo, Susumu, Yoshikazu veio para a capital paulista para transformar seu sonho em realidade. Ele adquiriu um terreno na rua Galvão Bueno no início da década de 1950 e contratou o arquiteto Armenio Crestana para construir as futuras instalações do Cine Niterói, que seria inaugurado em agosto de 1953.

cartaz de cinema
Anúncio em jornal da exibição inaugural do Cine Niterói, em 24/8/1953 com o filme "Os Amores de Genji" da Toei. - Divulgação
A grandiosa edificação não era apenas um cinema, mas um prédio que contava com cinema, restaurante, hotel e um grande salão de festas no último andar. Na época de sua inauguração o Niterói foi motivo de orgulho não só para parentes e amigos dos Tanaka, mas de toda a comunidade japonesa. A sala de cinema contava com um total de 1500 lugares em poltronas estofadas, em uma época que muitos cinemas ainda utilizavam cadeiras apenas de madeira.

O Niterói foi a primeira sala de exibição de filmes japoneses em São Paulo e exibia filmes da produtora Toei com exclusividade. Logo transformou-se em um grande sucesso, com a casa sempre lotada o que impulsionou a abertura de outras salas no bairro da Liberdade, como o Tokyo (1954), Cine Jóia (1958), Shochiku e Nippon (1959), sendo que cada um representava um grande estúdio do Japão.


Fachada do Cine Niterói, ainda na rua Galvão Bueno, em fotografia da década de 1950. - Reprodução
MUDANÇA DE ENDEREÇO
Quis o destino que a duração do Cine Niterói na rua Galvão Bueno não fosse muito longeva. Já na década seguinte as transformações viárias de São Paulo atingiram em cheio a região da Liberdade com as obras da Radial Leste Oeste e as ruas Galvão Bueno, Glória e a avenida da Liberdade com vários imóveis desapropriados e demolidos, dando lugar a três novas pontes. Além do Cine Niterói outro importante espaço cultural demolido na região foi o Teatro São Paulo. A fotografia abaixo mostra atualmente o local onde outrora funcionou o cinema.


Fachada do Jardim Oriental, que fica na rua Galvão Bueno. No local, entre os anos de 1953 e 1968, funcionava o Cine Niterói, instituição pioneira na exibição de filmes japoneses no Brasil. - Marcelo Justo/Folhapress
A demolição, no entanto, não foi o fim do Cine Niterói. Apesar de receberem um indenização aquém do valor pretendido, os proprietários conseguiram adquirir um imóvel na avenida Liberdade onde anteriormente funcionou o Cine Liberdade. O espaço, contudo, era bem menor que o da rua Galvão Bueno, comportando menos de 1000 espectadores por sessão.

cinema de rua
Fachada do Cine Niterói em seu novo endereço, na avenida Liberdade, em fotografia da primeira metade da década de 1970. - Acervo UH/Folhapress
Como no resto da cidade de São Paulo a decadência dos cinemas de rua também chegou na Liberdade, atrapalhando a sobrevivência do Niterói. Além disso, uma lei que passou a obrigar todos os cinemas a exibirem também filmes nacionais ajudou a afugentar uma parte do público, e em 1984 eles interromperam a importação de títulos japoneses, passando a exibir filmes que já contava em acervo e filmes do circuito tradicional. Sem público e também sofrendo a concorrência da importação de filmes em VHS o Niterói encerrou suas atividades em 1988.

Após o fechamento do cinema o espaço da avenida Liberdade teve diversos funcionamentos como loja, bingo e atualmente funciona um supermercado.
 

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